Prezado Luis,
Para conseguir responder ao desafio sem precedentes pelo qual o mundo inteiro passa neste momento, estamos expandindo nossa atuação para além dos mais de 70 países onde trabalhamos regularmente. Nossos profissionais estão agindo em diferentes frentes para salvar o maior número de vidas possível e fazem isso apesar de todos os obstáculos logísticos para o envio de equipes e equipamentos de proteção individual. Estamos trabalhando na África, Ásia, América e Europa para ajudar no que for possível para responder à pandemia. Mesmos sistemas de saúde robustos foram sobrecarregados pela demanda de respiradores e cuidados intensivos. Com a nossa experiência de trabalho em alguns dos países com menos recursos do mundo, nos preocupamos em como esta crise de saúde atinge as pessoas mais vulneráveis entre as mais vulneráveis. Na Malásia, estamos rompendo barreiras de linguísticas para levar promoção de saúde para migrantes que são marginalizados no país, oferecendo informações em rohingya e birmanês, além de garantir o apoio com traduções em hospitais. Já no Paquistão, administramos uma ala de isolamento para pessoas com casos leves e moderados e encaminhamos pacientes graves para hospitais universitários. Estamos examinando mais de 1.000 pessoas por dia e oferecendo consultas a quem apresenta sintomas de COVID-19. Em Bamako, capital do Mali, 20 profissionais de Médicos Sem Fronteiras (MSF) apoiam a unidade de tratamento de COVID-19 no hospital onde mantemos regularmente um projeto de oncologia. Mais de 100 pacientes foram atendidos nesta unidade. Na Libéria, promovemos uma campanha de conscientização sobre medidas preventivas de higiene que alcançou mais de 78.000 famílias em quatro dos bairros mais vulneráveis da capital, Monrávia. Além disso, fornecemos suporte técnico ao hospital para onde pacientes com COVID-19 são encaminhados. No Brasil, além das equipes presentes nas cidades de São Paulo, Boa Vista e Manaus, iniciamos as atividades de atenção médica no Rio de Janeiro, onde o sistema de saúde já entrou em colapso. Com foco nas pessoas em situação de rua, estamos realizando atividades de promoção de saúde, triagem e consultas básicas, além da distribuição de kits de higiene. Continuamos preocupados com as formas que a pandemia pode afetar as pessoas mais vulneráveis, especialmente as que têm pouco ou nenhum acesso a atendimento médico, como as que vivem em situação de rua, se abrigam em campos de refugiados ou não podem deixar regiões afetadas por conflitos. Seguimos atentos para dar suporte onde for necessário e isso só é possível graças à ajuda de pessoas como você. Muito obrigada por nos acompanhar até aqui. Sempre que puder, fique em casa. Seguimos juntos, mesmo à distância.
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