Marechal Haftar viaja a Israel para se preparar para as eleições presidenciais na Líbia
hHá 10 anos, a NATO assassinou Gaddafi e devastou a Líbia, iniciando então uma carnificina que agora parece estar a aproximar-se do fim. O país prepara-se para realizar as suas primeiras eleições presidenciais em 24 de dezembro.
A Líbia está dividida por uma guerra entre um governo paralelo, supervisionado pela ONU, Turquia e Qatar, e o marechal Khalifa Haftar, apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, Egipto e Jordânia, entre outros.
As tropas de Haftar tentaram conquistar a capital, Trípoli, para estabelecer o seu domínio sobre toda a Líbia, mas ele foi impedido pela intervenção militar turca, a pedido do Governo de Unidade Nacional (GNA).
Em Outubro do ano passado, foi acordado um cessar-fogo entre ambos os lados. Desde então, a Líbia tem-se preparado para eleições presidenciais e legislativas, que deverão pôr fim a anos de guerra brutal.
Para se preparar para as eleições, um avião da comitiva de Haftar pousou na pista do aeroporto David Ben Gurion de Tel Aviv, informa a Al Jazeera, citando um jornalista israelense.
“Um avião executivo (P4-RMA) usado pelos homens do marechal líbio Khalifa Haftar, que controla o leste da Líbia, está a caminho do Aeroporto Ben Gurion vindo de Dubai, e mais tarde decolará para o Egito”, escreveu o jornalista israelense, acrescentando. que houve vazamentos de apoio israelense a Haftar.
A Al Jazeera acrescentou que os dados de navegação obtidos pela agência Palestina Sand confirmaram a aterragem do avião de Haftar em Tel Aviv.
As autoridades israelenses e a comitiva de Haftar não comentaram o voo e nada foi revelado sobre a identidade das pessoas que estavam no avião. Há uma semana, um jornal israelense noticiou que Seif el Islam Gaddafi e Khalifa Haftar contrataram uma empresa israelense para conduzir sua campanha eleitoral para as eleições presidenciais da Líbia, segundo a mídia do Catar.
O filho de Gaddafi e o senhor da guerra do leste da Líbia poderão enfrentar-se nas eleições presidenciais de 24 de dezembro.
Em Junho passado, o presidente argelino Abdelmadjid Tebboune revelou numa entrevista à Al Jazeera que a Argélia estava disposta a intervir na Líbia para impedir que Haftar tomasse Trípoli militarmente.
“Não podíamos aceitar que uma primeira capital magrebina e africana fosse ocupada por mercenários”, disse o chefe de Estado. “Íamos intervir”, revelou. “Militar?”, perguntou-lhe o jornalista.
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