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Após França condenar golpe no Níger, manifestantes depredam embaixada do país - BdF

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Após França condenar golpe no Níger, manifestantes depredam embaixada do país

Governo de Macron afirma que não tolerará nenhum ataque contra o país ou interesses franceses

São Paulo |
 
Apoiadores agitam bandeiras russas e um cartaz com um slogan anti-França enquanto se reúnem em apoio à junta militar do Níger - AFP


Manifestantes depredaram a embaixada francesa na capital do Níger, Niamey, no último domingo (30). A multidão apoiava o grupo militar responsável pelo golpe de Estado, ocorrido na quarta-feira (26), e que há quatro dias mantém o presidente deposto Mohamed Bazoum preso no palácio presidencial. O Níger foi colônia da França desde o final do século 19 (ainda como África Ocidental Francesa) até 1960.

Os manifestantes arrancaram a placa da embaixada, apedrejaram e atearam fogo em bandeiras francesas e em uma das portas do prédio. Durante o ataque, eles também exaltavam o presidente Russo, Vladimir Putin, empunhando bandeiras da Rússia.

Os ataques ocorreram após a França defender que Bazoum retorne ao governo. Os militares que tomaram o poder afirmam que os ex-colonizadores querem intervir militarmente em favor do presidente deposto.

::Rebelião e tentativa de golpe: grupo de militares mantém presidente do Níger refém::

"Na sua linha de conduta, em sua busca de formas e meios para intervir militarmente no Níger, a França, com a cumplicidade de alguns nigerinos, realizou uma reunião com o Estado-Maior da Guarda Nacional do Níger para obter as autorizações políticas e militares necessárias", afirmou o grupo militar.

Em nota, o gabinete do presidente francês, Emmanuel Macron, comunicou que a reação do país será imediata se houver ataques a cidadãos franceses, ao exército, diplomatas e aos interesses franceses. "Verão a França reagir de maneira imediata e irascível", diz o comunicado.

Atualmente, 1,5 mil soldados franceses estão no Níger e realizavam operações conjuntas com o exército local contra grupos guerrilheiros islâmicos que querem instituir a "guerra santa" (jihad) no país. Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) também enviavam ajuda aos militares nigerinos.

A França ainda disse que apoia “todas as iniciativas regionais voltadas para a restauração da ordem constitucional", reiterando a exigência do retorno ao poder do presidente Mohamed Bazoum.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que a Rússia espera que a legalidade no país seja restabelecida o mais rápido possível.

Até então, para o Ocidente, o Níger era um parceiro confiável no combate aos jihadistas do Sahel africano, em especial aos integrantes do grupo islâmico Boko Haran. A região é ainda palco de disputa entre França e Rússia por maior influência na região.

 
Sanções e expectativas

Os 15 países que integram a Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Ecowas, na sigla em inglês) suspenderam as relações diplomáticas com o Níger, deram o prazo de uma semana para que Bazoum volte à presidência do país e anunciaram sanções financeiras e de viagens aos responsáveis pelo golpe de Estado. A entidade disse não descartar ações militares contra o Níger.

::Golpe de Estado: militares derrubam presidente do Níger::

"Caso as exigências das autoridades não sejam atendidas dentro de uma semana, tomaremos as medidas necessárias para restaurar a ordem constitucional na República do Níger. Tais medidas podem incluir o uso da força", disse o presidente da Comissão, Omar Alieu Touray, após reunião de emergência no domingo (30).

A França e a União Europeia suspenderam o apoio financeiro ao Níger. Os EUA ameaçam fazer o mesmo.

Para os militares, Bazoum precisou ser deposto devido a sua incapacidade de controlar a violência jihadista. O que culminou na deterioração da segurança do país. O general Abdourahamane Tiani, líder da Guarda Presidencial, se autoproclamou presidente do Níger, na sexta-feira (28).

O Níger é um dos países mais pobres do mundo, com poucos recursos naturais, mas importantes reservas de urânio, material usado para a fins energéticos ou nucleares, 

 

 

 

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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