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INTERNACIONAL --- Ao vivo: Russos atacam e batalha se intensifica pelo controle de Kiev - Créditos CNN

 

Ao vivo: Russos atacam e batalha se intensifica pelo controle de Kiev

Equipes da CNN norte-americana na capital ucraniana relatam fortes explosões a oeste e sul de Kiev na manhã deste sábado; edifício residencial é atingido por míssil, mas não deixa feridos, segundo prefeito

Da CNN

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A batalha pelo controle de Kiev, capital da Ucrânia, se intensifica ao longo deste sábado (26). Os combates se espalham pelas ruas, e explosões e tiros foram ouvidos durante a madrugada, enquanto as tropas russas avançavam sobre a cidade.

De acordo o prefeito da capital Kiev, Vitaliy Klitschko, um prédio residencial de mais de 20 andares foi atingido por um míssil. As equipes de emergência se dirigiram ao local. Não há informações de vítimas .

Equipes da CNN norte-americana na capital ucraniana relatam fortes explosões a oeste e sul de Kiev na manhã deste sábado. O céu, ainda escuro, iluminou-se com uma série de clarões no horizonte.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado que a capital Kiev está sob controle da Ucrânia. “Nós resistimos e estamos repelindo com sucesso os ataques inimigos. A luta continua”, disse ele em uma mensagem pelas redes sociais.

De acordo com o governo ucraniano, um tanque e aeronaves do exército russo foram destruídas no combate desta madrugada. O Estado-maior das forças armadas informou que havia também ataques em outras cidades.

Prédio em Kiev teria sido atingido por um míssil no sábado (26), de acordo com prefeito da cidade / Divulgação/Facebook prefeito de Kiev

O Ministério da Defesa da Rússia disse que lançou ataques com mísseis de cruzeiro durante a noite contra alvos na Ucrânia, mas afirmou que visava exclusivamente a infraestrutura militar.

O ministério russo também afirmou que unidades das forças armadas russas assumiram o controle da cidade de Melitopol, no sudeste da Ucrânia.

Na sexta-feira (25), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, procurou tranquilizar a comunidade internacional ao sobre ataque a civis. “Ninguém vai atacar o povo da Ucrânia”, disse ele durante uma acalorada conferência de imprensa, dizendo à CNN que “não houve ataques à infraestrutura civil”.

Vídeos, fotos e imagens de satélite analisadas e geolocalizadas pela CNN confirmam que em várias ocasiões áreas densamente povoadas na Ucrânia foram atingidas pelas forças russas. A CNN Internacional entrou em contato com o governo russo para comentar e aguarda retorno.

Ucranianos fogem do país rumo a países da União Europeia

Segundo a ONU, mais de 120 ucranianos fugiram do país nas últimas 48 horas. Famílias temerosas com a guerra lotam as fronteiras da União Europeia na esperança de entrar na Polônia, Eslováquia, Romênia e Hungria.

A vice-alta comissária das Nações Unidas para os Refugiados, Kelly Clements, disse à CNN neste sábado (26) que até 4 milhões de pessoas podem tentar cruzar as fronteiras enquanto a crise na Ucrânia continua.

Mãe e filho observam multidão dentro de um trem, saindo da estação de Kiev, na Ucrânia, em 25 de fevereiro
Mãe e filho observam multidão dentro de um trem, saindo da estação de Kiev, na Ucrânia, em 25 de fevereiro / Umit Bektas/Reuters

Presidente ucraniano divulga novo vídeo

Em um novo vídeo postado no Twitter na manhã deste sábado (26), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou quaisquer relatos de que a Ucrânia vai depor suas armas. A publicação trazia a legenda “não acredite nas falsificações”.

“Estou aqui. Não vamos baixar as armas. Estaremos defendendo nosso país, porque nossa arma é a verdade, e nossa verdade é que esta é nossa terra, nosso país, nossos filhos, e vamos defender tudo isso”, disse.

Em um tweet separado nesta manhã, ele acrescentou que havia acabado de falar com o presidente francês Emmanuel Macron. “Armas e equipamentos de nossos parceiros estão a caminho da Ucrânia”, escreveu ele. “A coalizão anti-guerra está funcionando!”

Em outra publicação, minutos mais tarde, Zelensky disse que era um “momento crucial para decidir a entrada da Ucrânia na União Europeia”.

Apesar de o presidente russo, Vladimir Putin, ainda não ter sinalizado uma desescalada da operação militar, o porta-voz do presidente ucraniano afirmou que Rússia e Ucrânia estão discutindo um local e horário para negociações.

Embora Zelensky tenha feito um discurso citando uma possível resistência, o porta-voz ucraniano Sergii Nykyforov afirmou, em uma rede social, que ” Ucrânia estava e continua pronta para falar sobre um cessar-fogo e paz”.

Rota até Kiev / CNN Brasil

Também nesta sexta, o ministério da Defesa polonês anunciou ter enviado um comboio de munição à Ucrânia. É o primeiro carregamento de ajuda militar publicamente reconhecida que chega ao país desde a invasão. Vale lembrar que a Polônia é um dos países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que está no centro da polêmica envolvendo as nações do Leste Europeu.

No início da noite, os Estados Unidos confirmaram que irão aplicar sanções pessoais ao presidente Vladimir Putin. A decisão, que segue a União Europeia, veio após uma conversa entre o presidente Joe Biden e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Meta proíbe anúncios de mídia estatal russa

Meta Platforms Inc FB.O vai barrar a mídia estatal russa de veicular anúncios ou monetizar em sua plataforma em qualquer lugar do mundo, disse a empresa controladora da gigante de mídia social Facebook.

“Também continuamos a aplicar rótulos a outras mídias estatais russas”, disse o chefe de política de segurança, Nathaniel Gleicher, no Twitter. “Essas mudanças já começaram a ser implementadas e continuarão no fim de semana”.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU

Brasil e outros dez países votaram a favor da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condena a invasão russa à Ucrânia. Somente China, Emirados Árabes Unidos e  Índia se abstiveram da votação do texto, redigido pelos Estados Unidos.

A Rússia votou contra o texto e, por ter poder de veto, não permitiu que a resolução entre em vigor. A reunião do colegiado ocorreu na noite desta sexta-feira (25).

Assista ao vivo a cobertura especial da CNN no vídeo acima.

Agora, a expectativa é de que o projeto seja analisado na Assembleia-Geral das Nações Unidas, que conta com 193 membros. Na reunião desta sexta, o Brasil declarou voto favorável ao projeto crítico à Rússia. Veja como votou cada país:

  • A favor: Albânia, Brasil, Estados Unidos, França, Gabão, Gana, Irlanda, México, Noruega, Quênia e Reino Unido;
  • Contra: Rússia;
  • Abstenções: China, Emirados Árabes Unidos e Índia;

Na primeira manifestação oficial do Brasil condenando a invasão russa à Ucrânia, o embaixador Ronaldo Costa Filho criticou a “gravidade da situação”. “Renovamos nosso apelo pela cessação total das hostilidades, pela retirada das tropas e pela retomada imediata do diálogo diplomático”, afirmou o representante brasileiro.

O Itamaraty expressou “preocupação com a decisão russa de enviar tropas em operações militares em terra, causando perda de vida e perigo à população ucraniana”.

“As preocupações de segurança manifestadas pela Federação Russa nos últimos anos, particularmente em relação ao equilíbrio estratégico na Europa, não dão à Rússia o direito de ameaçar a integridade territorial e a soberania de outro Estado”, disse o embaixador brasileiro.

Retomada dos ataques

O que de mais importante aconteceu nesta sexta-feira

Fotos – Guerra da Rússia contra a Ucrânia entra no segundo dia

Países emitem declaração conjunta dizendo que Rússia abusou do poder ao vetar resolução da ONU

Cinquenta países emitiram uma declaração conjunta, nesta sexta-feira (25), dizendo que a Rússia abusou de seu poder de veto ao bloquear uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando a invasão da Ucrânia.

A declaração foi lida em voz alta pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, após a reunião. Ela foi acompanhada por representantes de muitos dos países que assinaram a declaração.

Onze países votaram a favor da resolução (Albânia, Brasil, Estados Unidos, França, Gabão, Gana, Irlanda, México, Noruega, Quênia e Reino Unido). China, Índia e Emirados Árabes se abstiveram.

Números da guerra

O Ministério de Defesa da Ucrânia afirmou que suas forças armadas mataram mais de 1.000 soldados russos desde que a invasão começou.

“A Rússia não sofreu um número tão grande de baixas durante este período de hostilidades em todo o período de sua existência em nenhum dos conflitos armados que iniciou”, diz uma publicação nas redes sociais do ministério.

Ainda segundo a pasta, 30 tanques, sete aeronaves e seis helicópteros do exército russo foram abatidos.

Na noite deste sábado, o governo ucraniano afirmou ter destruído um tanque e mais aeronaves russas.

Segundo afirmou o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, durante reunião do Conselho de Segurança, mais de 140 pessoas foram mortas do lado ucraniano e outras 360 ficaram feridas durante o primeiro dia de invasão russa. Ainda não foi divulgado um número oficial do segundo dia de confronto.

Dos cerca de 500 brasileiros que vivem na Ucrânia, 180 procuraram a embaixada do Brasil no país para pedir ajuda ou informações, segundo comunicado do Itamaraty. A procura tem aumentado consideravelmente –na quarta-feira (23) o número era de 93.

Na Ucrânia, a população se divide entre se proteger em estações de metrô adaptadas como bunkers e tentar sair da região rumo ao oeste. Longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev. O presidente ucraniano convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Zelensky conversou com Biden sobre sanções e assistência à defesa

O presidente da Ucrânia discutiu o fortalecimento de sanções, assistência à defesa e uma coalizão antiguerra com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta. “Grato aos EUA pelo forte apoio à Ucrânia!”, escreveu Zelensky nas redes.

Segundo a Casa Branca, a ligação entre os dois líderes durou certa de 40 minutos.

Ainda segundo o governo americano, Joe Biden, instruiu o secretário de Estado, Antony Blinken, a liberar até US$ 350 milhões em apoio imediato à segurança e defesa da Ucrânia.

Este é o terceiro saque de dinheiro; pedidos anteriores foram de US$ 60 milhões e US$ 250 milhões, colocando o total no ano passado em mais de um bilhão de dólares, de acordo com um funcionário do governo.

Tropas russas rumo à Kiev

Mais cedo nesta sexta, o prefeito da capital ucraniana, Vitali Klitschko, afirmou que cinco explosões já haviam sido ouvidas perto de uma estação de energia na cidade por entre três e cinco minutos.

Klitschko acrescentou que as pontes da cidade foram tomadas sob proteção e controle especial, pois as tropas russas estão se aproximando, enquanto postos de controle estão sendo instalados perto de objetos estratégicos da cidade.

O assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Herashchenko, afirmou que as forças de Kiev estão prontas para a defesa com mísseis antitanque fornecidos por aliados estrangeiros.

“A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar as tropas estrangeiras de nosso solo. Às 4 da manhã, as forças russas resumiram seus ataques com mísseis no território da Ucrânia”, declarou.

Otan diz ter destacado Força de Resposta

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta sexta-feira que a aliança mobilizou, pela primeira vez, a Força de Resposta devido à guerra instaurada pela Rússia na Ucrânia. “Estamos mobilizando a Força de Resposta da Otan pela primeira vez no contexto da defesa coletiva”, disse.

Stoltenberg afirmou que tropas estão sendo movimentadas por terra, mar e ar. “Faremos o que for necessário para proteger nossos aliados”, afirmou.

Segundo ele, a Otan também continuará enviando armas para a Ucrânia. Stoltenberg reforçou que a Otan irá garantir que não haja uma crise ainda maior na Europa e que a aliança está pronta para “proteger cada aliado e cada centímetro do território” dos países integrantes.

A ativação das tropas de resposta não significa que soldados dos EUA ou da Otan irão para a Ucrânia, que não é membro da aliança. Ela tem o potencial de envolver até 40 mil militares.

De acordo com a Otan, trata-se de “força multinacional altamente preparada e tecnologicamente avançada composta por componentes terrestres, aéreos, marítimos e Forças de Operações Especiais que a aliança pode mobilizar rapidamente, sempre que necessário”.

Defesa de Kiev começou, diz prefeito

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que a capital ucraniana “entrou em uma fase defensiva”, pois as tropas russas trouxeram os sons da guerra para a cidade.

A cidade entrou numa fase defensiva. Tiros e explosões estão soando em alguns bairros em que os sabotadores já entraram em Kiev. O inimigo quer colocar a capital de joelhos e nos destruir

Vitali Klitschko. prefeito de Kiev
Tropas da Guarda Nacional da Ucrânia assumem posições na região central de Kiev / Reuters

Ucrânia considera manter conversas com delegação russa

Ucrânia “está considerando a proposta” de manter conversas com a delegação diplomática russa em Minsk –que, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, está pronta para ir à capital de Belarus estabelecer novas conversas sobre a guerra. A informação foi passada à CNN pelo conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych.

“Não temos medo de falar com a Rússia, não temos medo de falar sobre tudo, sobre garantias de segurança para nosso país. Não temos medo de falar sobre status neutro”, acrescentou Zelensky.

Mais cedo, um assessor do gabinete da presidência do país afirmou, no entanto, que os russos trabalhavam com a hipótese de que um dos objetivos da guerra era matar o presidente ucraniano.

O cenário básico da operação especial da Rússia é claro. O único objetivo é tomar Kiev e matar as autoridades da Ucrânia, o presidente Zelensky pessoalmente

Mykhailo Podolyak, assessor do gabinete da presidência do país

Rússia diz que Putin pode negociar com Zelensky

O Kremlin anunciou que o presidente Vladimir Putin concordou em abrir negociações com o governo ucraniano após o presidente do Volodymyr Zelensky dizer que está pronto para discutir a “neutralidade da Ucrânia”.

Putin ligou para Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, para organizar conversas com a Ucrânia, finaliza a mensagem do Kremlin sobre o assunto.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse em uma coletiva de imprensa nesta sexta que Moscou estará pronta para conversar com Kiev, mas apenas quando os militares da Ucrânia abandonarem suas armas.

Embaixada brasileira confirma trem saindo de Kiev

A embaixada brasileira em Kiev comunicou aos cidadãos brasileiros e latino-americanos que um trem sairia nesta sexta-feira (25) às 22h da Estação Central da capital com destino à cidade de Chernivtsi, no oeste da Ucrânia.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores afirmou estudar realizar plano de retirada dos brasileiros que estão na Ucrânia por meio terrestre em direção à Polônia, localizada ao oeste do território ucraniano.

Na quinta (24), o Itamaraty disse disse não existir condições, naquele momento, de fazer uma ação de resgate no país.

Prédio da embaixada do Brasil em Kiev, Ucrânia / Reprodução/Embaixada do Brasil em Kiev

Putin pede que militares ucranianos assumam poder

Apesar da possibilidade de negociação, Putin pediu às Forças Armadas da Ucrânia que assumam o poder no país, um dia depois de lançar uma invasão contra o país vizinho.

“Mais uma vez eu apelo aos militares das Forças Armadas da Ucrânia: não permitam que neonazistas e nacionalistas radicais ucranianos usem suas crianças, esposas e idosos como escudos humanos”, disse Putin em discurso televisionado durante reunião com seu conselho de segurança.

Tomem o poder em suas próprias mãos. Será mais fácil para nós chegarmos a um acordo

Vladimir Putin

Putin acrescentou que os militares russos na Ucrânia estão agindo “bravamente, profissionalmente e heroicamente”.

Kiev pode cair em dias, diz Inteligência dos EUA

Autoridades de inteligência dos EUA estão preocupadas que Kiev possa cair sob controle russo dentro de dias, segundo relataram nesta sexta duas fontes familiarizadas com as informações mais recentes.

As fontes do governo norte-americano acreditam que a Rússia está enfrentando uma resistência das forças ucranianas mais duras do que o previsto. Entretanto, os Estados Unidos não deram uma data exata na qual acreditam que Kiev cairá.

Serviços de inteligência ocidentais avaliam que o plano da Rússia é derrubar o governo em Kiev e instalar um comando amigável à Rússia –mas eles ainda não sabem se Putin tentará ocupar e manter o território ucraniano depois, uma das fontes familiarizadas com a Inteligência disse à CNN.

“Façam coquetéis molotov”, pede Defesa da Ucrânia

O perfil oficial do Ministério da Defesa da Ucrânia no Twitter pediu que a população do distrito de Obolon, a noroeste de Kiev, capital do país, faça coquetéis molotov para neutralizar possíveis invasores na região.

Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação dos equipamentos! Faça coquetéis molotov, neutralize o ocupante! Moradores pacíficos, tenham cuidado! Não saiam de casa

Ministério da Defesa da Ucrânia

Autoridades de Kiev reforçaram aos moradores de Obolon a recomendação de ficarem fora das ruas, devido à aproximação de “hostilidades ativas”.

Ucranianos fazem filas para pegar em armas, diz ex-presidente

O ex-presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que comandou o país de 2014 a 2019, disse em entrevista à CNN que os ucranianos fizeram filas nos últimos dias para pegar em armas e ajudar a bloquear o avanço das tropas da Rússia.

Ele também mostrou um fuzil AK-47, que chamou de “sua assistente”, e disse que seu batalhão tem outras armas, apesar de não dispor de equipamentos pesados para enfrentar tanques russos.

Ucrânia acusa Belarus de tentar hackear e-mails privados de militares ucranianos

Hackers que trabalham para o Ministério da Defesa de Belarus enviaram uma “massa” de e-mails de phishing tentando comprometer as contas de e-mail privadas de militares ucranianos e seus associados, alegaram autoridades ucranianas.

Não ficou imediatamente claro o quão bem-sucedidas as tentativas dos hackers foram, mas elas podem fornecer informações úteis aos serviços de inteligência de Belarus e, por sua vez, às forças russas enquanto atacam a capital ucraniana, Kiev.

Depois de violar uma conta de e-mail, os hackers enviam mensagens adicionais para os contatos para propagar a campanha, disse a Equipe de Resposta a Emergências de Computadores do governo ucraniano em um post no Facebook.

Imagem ilustrativa de e-mail / Unsplash/Brett Jordan

Sanções diretas contra Putin

União Europeia vai aplicar sanções econômicas diretas contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.

A informação foi confirmada por uma autoridade do bloco. A intenção é congelar os ativos mantidos na Europa por Putin e Lavrov.

Enviados da União Europeia estão reunidos hoje em Bruxelas, na Bélgica, para definir os detalhes das sanções contra Moscou.

 

No início da noite de hoje (25), os Estados Unidos também confirmaram que irão aplicar sanções pessoais ao presidente Vladimir Putin. A decisão veio após uma conversa entre o presidente Joe Biden e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Os Estados Unidos se juntarão a eles para sancionar o presidente Putin e o ministro das Relações Exteriores Lavrov e membros da equipe de segurança nacional russa”, disse. “Espero que tenhamos detalhes mais específicos ainda esta tarde.”

ONU: 5 milhões de ucranianos devem fugir para o exterior

Combustível, dinheiro e suprimentos médicos estão acabando em partes da Ucrânia após a invasão da Rússia, que pode levar até cinco milhões de pessoas a fugir para o exterior, disseram agências de ajuda da ONU.

Pelo menos 100.000 pessoas estão desabrigadas dentro da Ucrânia depois de fugir de suas casas, enquanto outros milhares já cruzaram a fronteira para países vizinhos, incluindo Moldávia, Romênia e Polônia, disse o porta-voz da agência de refugiados da ONU, Shabia Mantoo, em um comunicado da ONU em Genebra.

Espaço aéreo segue fechado

Por causa dos ataques, o espaço aéreo da Ucrânia continua fechado. Autoridades temem que aeronaves com civis possam ser atingidas por armas russas.

“Devido ao alto risco para a segurança da aviação, a Empresa Ucraniana de Serviços de Tráfego Aéreo (UkSATSe) decidiu fechar temporariamente o espaço aéreo da Ucrânia para a aviação civil”.

Abaixo, confira reprodução da Flight Aware de como foi a movimentação dos aviões na quinta-feira (24):

Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no país / Reprodução Flight Aware

Radiação em Chernobyl

A agência nuclear da Ucrânia informou que está registrando um aumento nos níveis de radiação do local da extinta usina nuclear de Chernobyl.

Os russos tomaram Chernobyl na quinta-feira (24): autoridades ucranianas confirmaram que as forças russas ultrapassaram o local do pior desastre nuclear do mundo. A Casa Branca condenou a Rússia por “relatos confiáveis” de que funcionários civis da usina de Chernobyl, no norte da Ucrânia, foram feitos reféns.

Usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia / 03/04/2021 REUTERS/Gleb Garanich

Impactos nas eliminatórias da Copa, Fórmula 1 e final da Uefa

A Polônia não jogará uma partida de futebol pelas eliminatórias da Copa do Mundo contra a Rússia no mês que vem por causa da invasão russa da Ucrânia, disse o presidente da Federação Polonesa de Futebol, Cezary Kulesza, neste sábado (26).

Ontem, a Fórmula 1, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e as equipes das escuderias anunciaram que a realização do Grande Prêmio da Rússia desta temporada está suspensa.

Em comunicado conjunto, os envolvidos explicaram que houve uma reunião na noite de quinta-feira (24) e a conclusão foi de que “é impossível realizar o GP da Rússia nas circunstâncias atuais”.

Após reunião do Comitê Executivo da Uefa, a entidade decidiu por transferir a final da Champions League, marcada para o dia 28 de maio.

O jogo que até então aconteceria em São Petersburgo, na Rússia, agora acontecerá no Stade de France, em Paris.

“A Uefa deseja expressar os seus agradecimentos e apreço ao Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, pelo seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo mais prestigiado do futebol europeu de clubes para França num momento de crise sem precedentes”, informou a instituição em nota.

Taça Champions League.
Taça da Champions League / Foto: Divulgação

Retaliação do Kremlin ao Reino Unido

Rússia proibiu companhias aéreas britânicas de pousar em seus aeroportos ou cruzar seu espaço aéreo, informou o órgão regulador russo de aviação civil. A medida segue a proibição de Londres aos voos da transportadora de bandeira russa Aeroflot imposta em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou a proibição na quinta-feira (24) no parlamento e a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido disse que suspendeu a permissão de transporte estrangeiro da Aeroflot.

Avião da British Airways, companhia aérea britânica / British Airways

Papa Francisco vai à embaixada da Rússia

O papa Francisco foi à embaixada da Rússia no Vaticano manifestar preocupação com a guerra na Ucrânia. O pontífice ficou no local por cerca de meia hora, segundo a Santa Sé.

O papa iria no próximo domingo (27) para Florença, na Itália. Com dores agudas no joelho, a viagem foi cancelada por recomendação médica. Francisco também não irá presidir as celebrações da Quarta-feira de Cinzas, no próximo dia 2, que marca o início da Quaresma. Segundo o Vaticano, o médico do Papa recomendou maior período de descanso.

Papa Francisco durante audiência semanal no Vaticano / 23/02/2022 REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Putin conversa com Xi Jinping

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping / Reuters

Vladimir Putin disse ao presidente chinês Xi Jinping, durante uma ligação nesta sexta, que a Rússia está disposta a manter conversas de alto nível com a Ucrânia. Segundo a CCTV, televisão estatal chinesa, Xi teria expressado apoio aos “os esforços de se resolver a situação pelo diálogo”.

“A Rússia está disposta a conduzir negociações de alto nível com a Ucrânia”, declarou Putin.

“Os Estados Unidos e a Otan há muito ignoram as preocupações de segurança razoáveis ​​da Rússia, repetidamente renegaram seus compromissos e continuaram a avançar no deslocamento militar para o leste, desafiando os resultados estratégicos da Rússia”, disse o russo ao líder chinês.

China diz que mantém “comércio normal e cooperação com a Rússia”

Ministério das Relações Exteriores da China reagiu nesta sexta-feira (25) contra o comentário do presidente dos EUA, Joe Biden, de que qualquer país que apoiasse a invasão da Rússia seria “manchado por associação”. Ao também responder crítica da Austrália sobre manter relações comerciais com a Rússia, o país afirmou que se baseia  em “mútuo respeito”.

O porta-voz do ministério, Wang Wenbin, fez as declarações em uma coletiva de imprensa diária. Segundo representante do órgão, a China conduz um “comércio normal e cooperação com a Rússia”.

“A China se opõe a todas as sanções ilegais e unilaterais e espera que as partes relevantes lidem com questões relacionadas à China de maneira que não prejudique a China”

Wang Wenbin, porta-voz do ministério
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin / 14/12/2020 REUTERS/Thomas Peter

“Preço do setor energético e inflação devem aumentar”, diz presidente do Banco Central Europeu

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25), que o conselho da instituição vem discutindo a possibilidade de aumento da inflação devido à invasão e à guerra entre Rússia e Ucrânia.

Em relação à inflação, nós avaliamos que o preço do setor energético deve aumentar nas próximas semanas e meses, o que vai levar ao aumento da inflação. Nós provavelmente teremos algumas mudanças no consumo que acabarão atrapalhando o crescimento

Christine Lagarde

Ela destacou, no entanto, que qualquer previsão conclusiva da inflação neste momento é precipitada.

“Estamos atualizando a nossa progressão para o crescimento da inflação na reunião do conselho. Qualquer número que apareça agora ainda é prematuro, porque é uma situação que está em evolução, os números ainda serão definidos e apresentados corretamente”.

Rússia reprime protestos

A polícia da Rússia deteve só na quinta-feira (24) mais de 1.600 russos que protestaram contra a operação militar na Ucrânia, enquanto as autoridades ameaçaram bloquear reportagens da mídia que contenham o que Moscou descreveu como “informação falsa”. Ao menos 44 cidades registraram manifestações contra a ofensiva russa contra o território ucraniano.

Em atos de dissidência cautelosa, mas incomum no país, estrelas pop russas, jornalistas, um comediante de televisão e um jogador de futebol se opuseram à guerra on-line depois que o presidente Vladimir Putin lançou uma invasão da Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24).

Falando na Casa Branca na parte da tarde, Joe Biden disse que o governo americano, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e demais aliados limitariam a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares e outras moedas com o objetivo de impor “custos fortes agora e ao longo do tempo”.

Joe Biden anunciou “maiores sanções da história” contra Rússia

primeiro pronunciamento oficial do presidente norte-americano deu conta de anunciar que EUA e aliados iriam impor sanções históricas contra a Rússia, como o esperado e previamente anunciado. Biden classificou o ataque como “não provocado e sem necessidade” e disse que o presidente Putin “será um pária no cenário internacional”.

“Sancionamos seus bancos, cortamos seus maiores bancos, um terço está fora do sistema econômico. O segundo maior banco da Rússia foi sancionado também”, disse. “Enquanto apertamos sua capacidade de recuperação, cortaremos mais da metade da sua força”.

Não haverá, no entanto, emprego de tropas dos Estados Unidos na região neste momento, afirmou Biden. “Nossas forças não irão lutar no território ucraniano, mas defenderemos nossos aliados. A boa notícia é que a Otan está mais unida e determinada que nunca com nossos compromissos”.

“Ninguém esperava que as sanções iriam impedir o que está acontecendo, isso levará tempo, ele testará se nós continuaremos unidos, e nós iremos. As sanções serão tão fortes quanto as balas e mísseis da Rússia na Ucrânia”, continuou.

CNN teve acesso ao projeto de resolução que os Estados Unidos apresentaram nesta quinta-feira (24) aos demais países do Conselho de Segurança da ONU, dentre os quais o Brasil. O documento tem duas páginas e é dividido em 20 tópicos. A proposta ainda está em negociação e pode sofrer alterações.

Aqui estão algumas das sanções anunciadas:

  • Limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes para fazer parte da economia global;
  • Limitar capacidade de financiar e aumentar as forças armadas russas;
  • Prejudicar sua capacidade de competir na economia de alta tecnologia do século 21;
  • Sanções contra bancos russos que juntos detêm cerca de US$ 1 trilhão em ativos.

Biden também avaliou que o presidente russo desejava uma “nova União Soviética”, mas que as “escolhas” dele com esta guerra deixariam “o mundo mais forte”. “Putin é o agressor, Putin começou essa guerra, e ele sofrerá as consequências”, disse.

Bolsonaro sobre posição do Brasil: “Decisão é minha”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na quinta-feira (24), que é sua a decisão sobre o posicionamento do Brasil frente à guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Quem fala pelo país é o presidente e o presidente se chama Jair Messias Bolsonaro. Quem tem dúvida disso basta procurar o Artigo 84 [da Constituição Federal]. Quem está falando isso está falando sobre o que não lhe compete”, disse Bolsonaro em transmissão pelas redes sociais.

A fala acontece após o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) declarar que os países do Ocidente devem usar a força em apoio aos ucranianos.

600 mil ucranianos no Brasil estão aflitos sem notícias de familiares, diz cônsul

O cônsul-honorário da Ucrânia em São Paulo, Jorge Rybka, falou à CNN sobre a situação dos ucranianos no Brasil após os ataques executados pela Rússia ao país do Leste Europeu.

De acordo com o cônsul, a comunidade ucraniana no Brasil é representada por mais de 600 mil pessoas que estão “aflitas” por notícias de familiares que vivem no país.

“Buscamos ainda a paz, a diplomacia, o que for possível. Pedimos que haja o retrocesso dessa invasão territorial”, disse Rybka.

Brasil discute com EUA e China apoio à resolução da ONU

Brasil discute com os Estados Unidos e a China apoiar resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que condena a invasão da Rússia à Ucrânia.

Segundo o relato à CNN de duas fontes do Palácio do Itamaraty, a tendência é o apoio à medida, que deve ser anunciada nesta sexta-feira (25).

Os detalhes da iniciativa têm sido discutidos pelo ministro da Relações Exteriores, Carlos França. Informações de Gustavo Uribe.

Carlos França, ministro das Relações Exteriores | Itamaraty
Carlos França, ministro das Relações Exteriores / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sanções vão erodir base industrial russa, diz von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que um próximo pacote de sanções da União Europeia atingirá severamente a economia da Rússia, aumentando a saída de capital, elevando a inflação e erodindo gradualmente sua base industrial.

“Essas sanções vão suprimir o crescimento econômico da Rússia, aumentar os custos dos empréstimos, aumentar a inflação, intensificar a saída de capital e corroer gradualmente sua base industrial”, disse ela a repórteres em Bruxelas, acrescentando que a UE também pretende limitar o acesso da Rússia a tecnologia.

Vamos cobrar Putin por sua agressão, diz Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou um pacote de sanções econômicas à Rússia. Dentre as medidas, estão congelamento financeiro e banimento de exportações.

“Esses poderes vão nos permitir excluir os bancos russos do sistema financeiro do Reino Unido, que é o maior da Europa, impedindo-os de acessar e fazer pagamentos através do Reino Unido”, declarou. “Vamos criar uma nova legislação para banir a exportação de itens para a Rússia, incluindo itens tecnológicos, componentes tecnológicos, em setores na área de eletrônica, telecomunicação e setor aeroespacial”.

Também foi anunciada a suspensão de financiamento e empréstimos para empresas russas, além de limitação do número de verbas que poderão depositar em contas bancárias britânicas. Segundo o premiê, as medidas também serão aplicadas à Belarus – alinhada a Putin.

“Ataque mais sério à paz” em décadas, diz Macron

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse durante um discurso que a agressão contra a Rússia contra a Ucrânia constitui “o ataque mais sério à paz e à estabilidade na Europa em décadas”.

“Ao escolher a guerra, o presidente Putin não atacou apenas a Ucrânia”, disse ele. “Ele decidiu realizar o mais sério ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas”, disse. “Estes eventos são um ponto de viragem na história da Europa e do nosso país. Terão consequências duradouras e de longo alcance nas nossas vidas, na geopolítica do nosso continente”, complementou.

Como outros líderes europeus, Macron afirmou que as sanções europeias terão como alvo os setores militar, econômico e energético da Rússia.

Países da Europa ocidental acionam Artigo 4º da Otan

Países membros da Otan na Europa Oriental – Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia – acionaram o Artigo 4º da organização para lançar consultas dentro da aliança sobre o ataque da Rússia à Ucrânia.

De acordo com o site da OTAN, a consulta ao abrigo do Artigo 4º pode levar a uma ação coletiva entre os 30 estados membros. “As partes se consultarão sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”, diz o artigo 4º do tratado.

Bélgica pede que União Europeia pare de emitir vistos para russos

Bélgica quer que a União Europeia pare de emitir vistos para todos os cidadãos russos, incluindo estudantes, trabalhadores e turistas, disse o ministro do Asilo e Imigração, em resposta ao ataque de Moscou à Ucrânia.

“O ataque imprudente da Rússia nos obriga a ter cuidado com os russos que desejam vir para a Bélgica”, disse a autoridade belga, Sammy Mahdi, em comunicado. “No momento, os russos não são bem-vindos aqui, uma proibição geral de visto para russos não deve ser um tabu”, disse ele, acrescentando que isso deve afetar estadias de curto e longo prazo.

Como foi o primeiro dia da guerra

Os ataques que se seguiram ao longo do dia foram flagrados por equipes da CNN em Kiev. Logo pela manhã, o repórter da CNN Brasil, Mathias Brotero, relatou ter ouvido barulhos que podem ser de explosões.

Os cidadãos de Kiev iniciaram um movimento de tentar sair da cidade. Na manhã de quinta, foram registradas longas filas de carros na capital ucraniana. O trânsito intenso tinha como direção o Oeste, longe de onde as explosões foram ouvidas pela manhã, com poucos carros indo para o Leste.

Estações de metrô na cidade de Kharkiv, no leste ucraniano, viraram abrigo para moradores em meio à invasão de tropas da Rússia. Próxima da fronteira, a cidade foi alvo de bombardeio nesta quinta.

Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia. / Getty Images

“É absolutamente surreal. Ontem, isso estaria cheio de passageiros indo e voltando para o trabalho. Hoje, tornou-se um abrigo antiaéreo improvisado”, relatou a principal correspondente internacional da CNN, Clarissa Ward.

A repórter informou que ela e sua equipe estavam do lado de fora quando então ouviram uma “série de baques”. “As pessoas começaram a entrar aqui… Essas pessoas estão assustadas. Estão confusas. Estão desesperadamente incertas sobre o que devem fazer, por quanto tempo podem se abrigar aqui, para onde vão a partir daqui”.

Em entrevista à CNN, Alexandre Bruzzi, brasileiro residente em Kiev, relata a situação da capital da Ucrânia durante a madrugada desta quinta-feira (24), após invasão de tropas russas no país.

“Estou um pouco distante do centro de Kiev. A gente só armazenou suprimentos, passaporte, utensílios que vão ajudar a gente no momento mais sério de fuga. Estamos tensos, seguindo orientações das autoridades locais, que pediram pra gente ficar em casa para não existir pânico”, disse Bruzzi.

Apelo similar foi feito por jogadores de futebol brasileiros dos times de Shakthtar Donetsk e Dinamo de Kiev, que pediram ajuda pelas redes sociais para saírem da Ucrânia.

Em um vídeo gravado ao lado de suas esposas e filhos, um dos jogadores diz que eles deixaram suas casas e foram para um hotel, mas, com o espaço aéreo e as fronteiras fechadas, não conseguem deixar Kiev. “A gente pede muito apoio ao governo do Brasil para que possa nos ajudar”, afirma.

Zelensky: Vamos prover armas a todos que quiserem

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concedeu uma entrevista coletiva liberando o uso de armas para “defender o território“. Ele pediu doação de sangue e afirmou que todos que estivessem preparados para defender o país deveriam se apresentar às forças militares.

Não temos oponentes políticos agora. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso e defendemos nossa liberdade… Nós temos armas defensivas para defender nossa soberania… Qualquer pessoa, esteja pronta para defender seu Estado em praças ou cidades

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Veja como foram as primeiras reações de líderes mundiais nas redes sociais

Continuo as negociações com os líderes. Recebi apoio do Emir do Catar @TamimBin Hamad. O mundo está conosco.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

 

A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia.

Presidente Joe Biden, dos EUA

 

As forças russas invadiram a Ucrânia, um país livre e soberano. Condenamos este ataque bárbaro e os argumentos cínicos usados para justificá-lo. Mais tarde, apresentaremos um pacote de sanções maciças e direcionadas.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

——-

A França condena veementemente a decisão da Rússia de declarar guerra à Ucrânia. A Rússia deve encerrar suas operações militares imediatamente.

Presidente da França, Emmanuel Macron

 

Condeno veementemente a ação militar da Rússia contra a Ucrânia. Vou reunir-me com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Ministro da Defesa Nacional e o Chefe Supremo das Forças Armadas Nacionais (CEMGFA). Pedi também ao Presidente português uma reunião urgente do Conselho Superior da Defesa Nacional. Meus pensamentos estão com o povo ucraniano sob este ataque injustificado e lamentável.

Primeiro Ministro de Portugal, António Costa

 

O Governo de Espanha condena a agressão da Rússia contra a Ucrânia e manifesta a sua solidariedade com o Governo ucraniano e o seu povo. Permaneço em contato próximo com nossos parceiros e aliados na União Europeia e @NATO para coordenar nossa resposta.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha

Estou consternado com os terríveis acontecimentos na Ucrânia e falei com o Presidente Zelenskyy para discutir os próximos passos. O presidente Putin escolheu um caminho de derramamento de sangue e destruição ao lançar este ataque não provocado à Ucrânia. O Reino Unido e nossos aliados responderão de forma decisiva.

Boris Johnson, primeiro-ministro inglês

O Canadá condena – nos termos mais fortes possíveis – o flagrante ataque da Rússia à Ucrânia. Essas ações não provocadas são uma clara violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia e das obrigações da Rússia sob o direito internacional e a Carta da ONU. O Canadá pede à Rússia que cesse imediatamente todas as ações hostis e provocativas contra a Ucrânia e retire todas as forças militares e procuradas do país. A soberania e a integridade territorial da Ucrânia devem ser respeitadas. 

Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá

Condeno veementemente o ataque militar da Rússia contra a #Ucrânia. Coloca em perigo milhões de pessoas inocentes e mina os fundamentos da ordem internacional. Cabe ao Ocidente agora responder adequadamente!

Gitanas Nausėda, presidente da Lituânia

Esta invasão – um ato de agressão sem precedentes – deve ser objeto de uma resposta forte e de um conjunto sólido de sanções, adotado o mais rapidamente possível a nível europeu e em estreita consulta com os nossos parceiros e aliados.

Sophie Wilmes, primeira ministra da Bélgica

A Colômbia rechaça categoricamente os ataques da Rússia contra a Ucrânia. Estes atos violam a soberania da Ucrânia e colocam em risco a vida de milhares de pessoas, numa situação inquestionável contrária ao direito internacional e à Carta das Nações Unidas.

Iván Duque, presidente da Colômbia

Consideramos e rejeitamos a ação militar russa em território ucraniano hoje cedo. Este passo, que consideramos contrário ao direito internacional; é um duro golpe para a paz, paz e estabilidade da região.

Recep Erdogan, presidente da Turquia

As forças militares russas lançaram uma ofensiva contra a Ucrânia. O Uruguai é um país que está sempre comprometido com a paz. Rejeitamos ações contrárias ao direito internacional e aos princípios da ONU. É urgente que as negociações voltem para resolver o conflito de forma civilizada

Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai

Pare a Guerra. A guerra traz miséria à humanidade e coloca o mundo inteiro em risco.

Joko Widodo, presidente da Indonésia

Qual é o tamanho dos exércitos da Rússia e Ucrânia?

A realidade é que há uma grande diferença entre o exército ucraniano e o exército russo. “Este não é o mesmo exército russo que estava em ruínas logo após a Guerra Fria“, diz o analista Jeffrey Edmonds, do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

“É um exército muito móvel, bastante moderno e bem treinado, com uma força aérea muito saudável, grandes forças terrestres, muito controle de artilharia, navios pequenos com muita capacidade para missões de ataque ao solo”. Veja comparação abaixo:

  • ORÇAMENTO MILITAR DE 2021

Ucrânia: U$ 4,1 bilhões

Rússia: US$ 45,3 bilhões

  • TROPAS ATIVAS

Ucrânia: 219 mil soldados

Rússia: 840 mil soldados

  • AERONAVES DE COMBATE

Ucrânia: 170

Rússia: 1.212

  • HELICÓPTEROS DE ATAQUE

Ucrânia: 170

Rússia: 997

  • TANQUES DE GUERRA

Ucrânia: 1.302

Rússia: 3.601

  • ARMAMENTO ANTIAÉREO

Ucrânia: 2.555

Rússia: 5.613

Resumo para entender o conflito

Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer da quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.

O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev. De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Equipes de resgate trabalham no local do acidente da aeronave Antonov das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kiev / 24/02/2022 Serviço de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

*Com informações da CNN Internacional e da Agência Reuters, além de Giulia Alecrim, Vinícius Bernardes, Léo Lopes, Giovanna Galvani, Tiago Tortella, Renata Souza, Vinícius Tadeu, Henrique Melo e André Rigue da CNN Brasil 


Créditos CNN

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