Entrevista: China contribui à realização dos ideais da ONU, diz Ban Ki-moon
Seul, 25 out (Xinhua) -- "A China fez contribuições substanciais para a realização dos ideais das Nações Unidas", disse o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em entrevista à Xinhua.
"A restauração do assento legal da República Popular da China foi um evento marcante na história da ONU", salientou Ban ao recordar o papel do país na entidade nos últimos 50 anos.
"As Nações Unidas tornaram-se uma organização universal em termos de seu tamanho e conteúdo através da restauração do assento da China", acrescentou.
Durante seus dez anos de mandato como secretário-geral, Ban testemunhou a ocorrência de muitos eventos importantes, com o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) entre os assuntos globais mais significativos.
"Estes foram possíveis em grande parte pela forte liderança e envolvimento da China sob o comando do presidente Xi Jinping".
"A contribuição mais importante da China foi seu forte compromisso de lutar contra as mudanças climáticas", destacou Ban.
A China desempenhou "um papel decisivo" no processo de negociação do Acordo de Paris em dezembro de 2015, ressaltou Ban, expressando sua gratidão pela contribuição do país à aceleração do processo de ratificação do acordo.
Lembrando que Xi tomou a iniciativa de convidá-lo e o então presidente norte-americano Barack Obama para Hangzhou em setembro de 2016, Ban lembrou que os dois líderes o apresentaram seus respectivos instrumentos de adesão ao Acordo de Paris.
"Foi um evento muito significativo que encorajou outros países a seguirem o exemplo da China e dos Estados Unidos para ratificarem o Acordo de Paris", explicou Ban.
"Se não tivesse a iniciativa do presidente Xi Jinping, não teríamos o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas até agora", acrescentou.
O compromisso da China com a neutralidade de carbono antes de 2060 também enviou um sinal encorajador para outros países, apontou ele.
A China não só fez uma contribuição substancial para alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), mas também tem desempenhado um papel crucial na sua implementação, elogiou Ban.
Referindo-se às conquistas do país em elevar o povo chinês para acima da linha da pobreza, ele encorajou outros países em desenvolvimento a fazerem o mesmo.
Apontando que o mundo enfrenta sérios desafios, como as mudanças climáticas, a pandemia da COVID-19 e o enfraquecimento do multilateralismo, Ban pediu por uma cooperação multilateral e que os líderes mundiais sejam mais ativos na nutrição do multilateralismo.
"Compartilhamos um planeta, uma humanidade e um futuro. Precisamos trabalhar pela paz e prosperidade comuns de uma humanidade, respeitando um planeta e um futuro", acrescentou.
A este respeito, o ex-chefe da ONU disse que construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, proposto por Xi, "é um conceito muito importante".
"A ideia da China de ser um construtor da paz mundial, contribuinte ao desenvolvimento global, defensor da ordem internacional e provedor de bens públicos é consistente com os ideais da Carta das Nações Unidas", observou.
"Espero que a China continue trabalhando estreitamente com a ONU para tornar o mundo melhor, mais seguro e próspero no futuro", afirmou Ban. Fim
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