Os dirigentes turcos assistiram ontem a uma parada militar para marcar o 93.º Dia da Vitória, que assinala a vitória turca sobre as forças gregas na batalha final da Guerra da Independência em 1922.Fotografia © REUTERS/Umit Bektas |
Pentágono aplaude adesão turca aos bombardeamentos. Jornalista Patrick Cockburn diz que EUA fizeram mal os cálculos ao trair os curdos em troca de acordo militar.
Os Estados Unidos e os seus aliados atacaram desde sábado 22 alvos do Estado Islâmico na Síria e Iraque, indicou um comunicado ontem divulgado pela coligação internacional que luta contra o grupo terrorista que há um ano proclamou o seu próprio califado. E inclui desde sábado também a Turquia, país que até agora tinha resistido a integrar esta força por receio de ataques no seu território. A 24 de julho a aviação turca já tinha bombardeado alvos do Estado Islâmico, mas não como parte integrante da coligação internacional. O Pentágono aplaudiu o envolvimento de Ancara nesta luta, considerando que os esforços da coligação "levarão à derrota final" dos jihadistas sunitas que operam entre território sírio e iraquiano.
Com a aproximação dos jihadistas das suas fronteiras, a Turquia começou a defender a criação de uma espécie de zona-tampão entre território sírio e turco. E será com essa intenção que está agora a fazer bombardeamentos na Síria. Ao mesmo tempo permitiu aos norte-americanos o uso da sua base aérea em Incirlik. E começou a bombardear também as posições dos rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), com os quais estava em curso a negociação de um processo de paz. O presidente Recep Tayyip Erdogan, do partido islâmico AKP, defende esta abordagem dupla e garante que ela continuará até que "não reste qualquer terrorista".
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