Palestina nega relatos da mídia sobre diálogo com os EUA
Ramala, 28 jun (Xinhua) - A Palestina negou neste domingo quaisquer contatos mantidos com os Estados Unidos, após notícias da mídia israelense sobre um diálogo palestino-americano sobre o plano de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, no Oriente Médio.
Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que a posição da Palestina não mudou em relação aos laços cortados com o atual governo dos EUA e o governo de Israel.
Abu Rudeineh reiterou a decisão da liderança palestina contra a anexação israelense, dizendo que todos os planos para impor a anexação de uma só vez ou em fases são "uma questão de princípio", de acordo com um comunicado publicado pela agência de notícias oficial da Palestina, WAFA.
"Qualquer diálogo deve se basear nas resoluções da ONU, na Iniciativa de Paz Árabe e no plano de paz proposto pelo presidente Mahmoud Abbas perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas e com base no princípio da solução de dois estados que põe fim à ocupação israelense e permite que o estabelecimento de um estado independente da Palestina nas fronteiras de 1967 com Jerusalém Oriental como sua capital", disse Abu Rudeineh.
"Israel deve assumir toda a sua responsabilidade como potência de ocupação se continuar com a anexação", disse ele no comunicado.
Na noite de sábado, a Rádio Pública de Israel informou que Abbas recusou um telefonema do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre o plano de anexação previsto e que as autoridades americanas se encontraram secretamente com as autoridades palestinas na tentativa de organizar um canal de diálogo entre a liderança palestina e a Casa Branca.
No entanto, nenhum avanço foi relatado.
O governo israelense planeja anexar mais de 30 por cento da Cisjordânia, incluindo o Vale do Jordão. Também planeja impor soberania a vários assentamentos israelenses no território.
A tensão entre os dois lados aumentou depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que seu plano de anexação será implementado no dia 1º de julho.
Créditos Xinhua, publicado originalmente em - http://portuguese.xinhuanet.com/2020-06/30/c_139177779.htm
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